6 de maio de 2025
Séries
ANNE with an E
1 de maio de 2025
Fantasia /
Literatura Estrangeira
Warcraft: Durotan, de Christie Golden
Eu tenho uma história pra contar sobre o dia em que comprei esse livro. Era meu primeiro dia de férias e eu estava super empolgado pra passar o dia todo em casa fazendo vários nadas. Era uma segunda-feira, então a Andréa tinha que trabalhar. E, sendo assim, eu acompanhei a honorável esposa até o ponto de ônibus.
Acontece que já tem uns anos que eu trabalho de home office, portanto não tenho muito costume de sair de casa, principalmente sozinho. Sendo assim, naquele dia esqueci de pegar minha chave e acabei ficando preso na rua😅. Mas por sorte eu tinha pego minha carteira, então decidi dar um rolê solitário em alguma livraria. Foram essas as circunstâncias que me levaram a comprar Warcraft: Durotan, da autora Christie Golden.
Sinceramente, eu sempre tive preconceito com livros baseados em videogames, por isso não estava esperando nada desse livro. Porém, a história dos Orcs do clã Lobo de Gelo me prendeu a cada página. Aqui temos uma fantasia muito bem escrita, com um enredo cheio de reviravoltas.
Sendo assim, a narrativa tem como protagonistas esse clã de Orcs chamado Lobos de Gelo. Eles vivem no norte do continente, o que me lembrou em alguns momentos do primeiro livro de Crônicas de Gelo e Fogo. Os personagens principais são Durotan, o filho do líder do clã, que eventualmente assumirá o manto do pai; a Draka, uma Orc exilada; e Orgrim, o carequinha marombeiro.
Os primeiros capítulos apresentam bem a cultura desse clã de Orcs, um estilo de vida duro nas montanhas e no frio, a caça, os costumes tribais e rústicos, o senso de honra, o orgulho de pertencer aos Lobos de Gelo. Contudo, a vida dessas pessoas vai mudar com a chegada de um Orc estrangeiro conhecido como Gul'dan, o bruxo. Ele vem para fazer uma proposta aos Lobos de Gelo: o mundo está acabando e, para sobreviverem, todos os clãs Orcs precisam se unir em uma única nação, batizada de "A Horda".
Ao orvir a tal proposta do bruxo, o pai de Durotan acha aquela conversa absurda e declina. Porém essa decisão vai trazer consequências terríveis para seu clã. Quais consequências? Eu não vou contar! Mas garanto que o livro até o final é eletrizante! Inclusive, um detalhe que ainda não mencionei é o fato deste livro ser uma prequel do filme Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos. Portanto, recomendo muito essa leitura, se você já assistiu e gostou.
29 de abril de 2025
Fantasia /
Literatura Estrangeira
O MUNDO PERDIDO
22 de abril de 2025
Cinema /
Fantasia
STARDUST
O mistério da estrela
15 de abril de 2025
Literatura Estrangeira /
Young Adults
ANNE DE WINDY POPLARS
É inacreditável como Lucy Maud Montgomery consegue trazer felicidade e completo alento com sua escrita e sua querida personagem, nossa Anne, nossa ruivinha favorita! Confesso ter achado as trinta e sete primeiras páginas de Anne de Windy Poplars um pouco chatinhas, mas, depois delas, a narrativa ficou bem empolgante e divertida.
No livro anterior, Anne termina seus estudos na universidade e fica noiva de Gilbert. Ele, no entanto, precisa estudar mais três anos ainda a fim de completar o curso de Medicina. Nesse meio tempo, nossa heroína recebe uma proposta para trabalhar como diretora de uma escola em uma cidade distante de Avonlea, mesmo assim ela aceita. Anne encontra lá uma ótima casa onde aluga um quarto: Windy Poplars, tornando-se agora Anne de Windy Poplars.
Infelizmente, ou felizmente, em se tratando de nossa ruivinha, Lucy Maud Montgomery sempre consegue mesclar muito bem angústia e alegria, sendo assim, não foi surpreendente o sofrimento que Anne passa na mão dos Pringles, o clã dominante local; nem mesmo o ambiente de trabalho tóxico; nossa garota "tira tudo de letra".
Disse no começo que achei as primeiras páginas enfadonhas, isso se deu porque todas foram uma sucessão de cartas escritas por Anne para Gilbert. Achei isso chato e ainda bem que a autora voltou ao estilo em terceira pessoa, trazendo poucos momentos de correspondência depois.
Anne de Windy Poplars, como não poderia deixar de ser devido à época em que foi escrito, traz muitos casamentos e uma perspectiva bem datada desse compromisso, contudo, também traz muita aventura e confusão no melhor estilo Sessão da Tarde, bem característico da ruivinha.
Agradeço imensamente à genialidade de Lucy Maud Montgomery por ter criado uma personagem tão cativante e com histórias tão queridas. Em meus piores momentos de crises de ansiedade, Anne foi minha melhor amiga, uma companheira de risadas que me fazia lembrar que a vida não é só angústia e preocupação e que a cada novo dia temos a oportunidade de recomeçar.
8 de abril de 2025
HQ /
Literatura Estrangeira
O ÚLTIMO VOO DAS BORBOLETAS
[...] " Em algum lugar da nossa alma, sabemos que não suportamos mais uma separação como essa. Por isso, não somos boas com despedidas. Preferimos deixar as coisas sem um ponto final." [...] p 31.
Sempre acompanho as publicações do canal/editora Pipoca & Nanquim e logo que assisti ao vídeo sobre O último voo das borboletas e Luz que fenece não perdi tempo, nem tive dúvidas: comprei ambas as hqs na pré-venda. Mas como vocês já sabem... Só realizei as leituras recentemente! hahahahaha
Quando li O último voo das borboletas pela primeira vez eu não morava mais com meus pais. O Samu e eu alugávamos uma casinha de 20 m² e não tínhamos espaço para alocar todos os nossos livros, por isso, o mangá de Kan Takahama foi um de meus companheiros nessa primeira saga da vida adulta.
No vídeo, os meninos do Pipoca & Nanquim avisaram ser esta uma obra bem triste, no entanto, não dei ouvidos e embarquei na leitura de forma bem impetuosa, o que me obrigou a lê-lo mais vezes para captar de fato sua essência.
O último voo das borboletas narra uma história trágica, e bem poderia ter acontecido na realidade: nas primeiras páginas vemos um menino e uma menina brincando enquanto dois adultos fazem uma transação comercial; logo depois, conhecemos a bela tayu (prostituta de luxo) Kichou, no bairro de diversão de Maruyama, em Nagasaki. No decorrer da narrativa descobrimos que Kichou é a prostituta mais bem paga e cobiçada de toda a cidade.
Além disso, conhecemos um pouco do contexto histórico do Japão durante a segunda metade do século XIX, momento no qual o governo abriu seus portos para os estrangeiros, contudo, tal atitude dividiu opiniões e muitos japoneses relutavam em aceitar essa mudança. Kichou não é uma dessas pessoas e mantém um relacionamento com um médico holandês que está ensinando medicina ocidental a um jovem japonês. Esse garoto, Kenzo, odeia Kichou e credita a ela todos os infortúnios de sua família.
Como dito antes, o mangá de Kan Takahama é muito triste. Principalmente quando compreendemos o drama vivido por Kichou e seu desfecho trágico. Muito mais do que um mangá com insinuação erótica, O último voo das borboletas nos mostra com um belíssimo traço e uma narração delicada, um recorte da história japonesa nem um pouco digno e bastante desesperador para as mulheres que eram vendidas para a prostituição por suas famílias e carregavam as marcas físicas e psicológicas disso por toda a vida.
3 de abril de 2025
Fantasia /
Literatura brasileira /
Livros de horror e terror
Desejo Sangrento, de Ana Paula Ost
Oi, pessoal! Samu por aqui, trazendo mais uma indicação de leitura!
Não sei por quê, mas, antes de eu começar a leitura de Desejo Sangrento da autora Ana Paula Ost, a capa desse livro me remetia a um romance meio Crepúsculo, meio 50 Tons de Cinza. Juro, acho que por conta do título também, a palavra "desejo" me fez pensar que haveriam umas cenas hot, vampiros sensualizando, muita malemolência e coisa e tal💃. Mas, felizmente (pra mim), não tem nada disso e a história é super eletrizante!
Vou te contar a ideia geral da trama só pra te dar aquele gostinho. Em Desejo Sangrento, nós acompanhamos a atuação da investigadora brabíssima Leona Carvalho e seu parceiro Eduardo da Silva na investigação de uma série de casos criminais estranhos. Sim, minhas amigas e amigos, temos uma história policial, e com uma protagonista incrível! Só pra você ter uma ideia, logo na primeira cena ela já é suspensa por uns dias do trabalho por ter molhado um meliante de soco.
Sendo assim, a história começa quando a Leona é indicada para resolver um caso de assassinato bastante peculiar. A vítima, uma jovem aparentemente normal, foi encontrada em uma situação horrorosa, como se seu assassino tivesse realizado um ritual satânico ou algo do tipo. Inclusive, algumas partes desse livro trazem cenas de violência bem gráficas, então fica aqui o alerta. Com isso, a investigação vai levar Leona a descobrir todo um submundo de criaturas sobrenaturais, como vampiros, bruxas, lobsomens.
A escrita da Ana Paula Ost é super fluída, você praticamente engole o livro. O ritmo da história é frenético com bastante mistério, ação e tem até umas partes bastante assustadoras, como por exemplo a famigerada cena do banheiro (Sério! Todo mundo que leu acabou comentando😆). Inclusive, o desfecho do livro me surpreendeu em alguns momentos, como quando nos é revelado o porquê do título ser Desejo Sangrento. Quando caiu a ficha e eu entendi o motivo do "desejo", tive aquela sensação de "Uaaaau! Agora tudo faz sentido!"
Além disso, outro ponto que me chamou muito a atenção é o seguinte: geralmente nesse tipo de história nós não estamos nem aí para os humanos e só esperamos a aparição das criaturas sobrenaturais, né? Mas no caso de Desejo Sangrento isso é diferente. A Leona e o Eduardo, bem como outros humanos, são personagens bastante cativantes e, pelo menos na minha experiência de leitura, eles acabaram sendo meus personagens favoritos. É difícil não gostar dos humanos nesse livro, e pra mim isso é um ponto muito positivo.
Então, se você é um fã de histórias naquele estilo André Vianco, que mesclam ação e terror na medida certa, esse livro é pra você!