6 de maio de 2025
ANNE with an E

 


    Em momentos difíceis e desesperadores é necessário procurar algo que nos traga alento, nos faça sorrir e sentir aquele tão desejado "quentinho no coração", para isso, não há nada melhor do que maratonar uma série linda e encantadora como Anne with an E, se, é claro, abraços quentinhos não estiverem disponíveis no momento. 
    Antes de discorrer sobre a história de Anne with an E e minhas opiniões a respeito dessa obra, preciso dizer como se deu nosso primeiro contato: no início de 2019 uma aluna me indicou a série; assisti metade do primeiro episódio e não gostei! achei Anne tão artificial! Contudo, casei e, ao passar longas horas sozinha após o trabalho (O Samu chegava mais tarde do que eu na época) e ler várias críticas positivas sobre a série, decidi dar mais uma chance à Anne with an E e maratonei as duas primeiras temporadas em uma semana, tal foi o efeito da ruivinha na minha vida. Vale lembrar que na época ainda não conhecia os livros de Lucy Maud Montgomery. 
    Em Anne with an E somos apresentados a dois irmãos de meia idade, Marilla e Mathew Cuthbert, moradores da propriedade rural, Green Gables, na cidade fictícia de Avonlea, na Ilha do Princípe Eduardo, um lugar de beleza natural estonteante. Por causa da idade, eles decidem adotar um menino para ajudá-los, porém, como não podem sair de lá devido ao trabalho, pedem a uma vizinha para ir ao orfanato encontrar uma "criança adequada". A vizinha se confunde e, para o espanto de Mathew e o horror de Marilla, traz uma menina magricela, ruivinha, cheia de sardas e de uma criatividade invejável, esta é Anne Shirley, a nossa Anne with an E
    Mesmo com toda a sua criatividade e doçura, por ser órfã, Anne já passou por muitos traumas que lhe deixaram marcas profundas, por isso, quando Marilla diz querer um menino, ou quando as pessoas de Avonlea a tratam com desdém e desprezo, isso aciona gatilhos em sua mente, deixando-a atordoada. 


    O encanto de Anne with an E está justamente no modo como a protagonista encara as situações adversas: sempre com a cabeça erguida, sendo positiva e bem impulsiva, esta última sempre lhe rendendo até mais problemas. Na verdade, quase todos os grandes dilemas a serem resolvidos são consequências de uma ação impensada da menina, até porque ela, como qualquer pessoa, não é perfeita, é um ser humano em constante evolução. 
    Ao se estabelecer em Avonlea após conquistar os corações dos Cuthbert, Anne faz algumas amizades, sendo as mais importantes a de Diana, sua "alma irmã"; Cole, um jovem artista gay; e Gilbert Blythe, que torna-se também seu interesse amoroso. 


    Na segunda temporada somos transportados, temporariamente, a uma "febre do outro" em Avonlea. Depois, conhecemos novas personagens que vão abalar as estruturas da pacata e preconceituosa cidade. 
    Já a terceira temporada, para tristeza e decepção de todos, começou com a péssima notícia de que seria a última, pois Anne with an E fora cancelada! Protelei bastante em assistir esse capítulo final da história da ruivinha na televisão, mas, enfim assisti. Nesse momento, Anne busca descobrir mais sobre seus pais e seu passado enquanto prepara-se para ingressar na universidade, além de, finalmente, assumir para si mesma que ama Gilbert Blythe, há também uma trama muito interessante sobre os indígenas canadenses que foram torturados e aculturados por décadas e esse terrível fato da história do Canadá começa nesse mesmo período, início do século XX. 
    O roteiro de Anne with an E é muito interessante, pois conseguiu introduzir temas como homofobia, feminismo, racismo, direito dos indígenas e bulliyng de forma muito atual, porém oscila ao tratar desses assuntos: apresenta-os de forma bem dramática para, depois, nos dar um desfecho pouco crível com a situação da época e, na última temporada, a situação dos indígenas fica totalmente em aberto. 
    Ainda assim, é impossível assistir a Anne with an E e não se deslumbrar por sua fotografia e trilha sonora. É tudo tão lindo e, aparentemente, muito carinho foi colocado nessa produção. Como dito antes, Anne nos cativa e encanta apesar de não trabalhar em profundidade as pautas sociais que introduz. 
    Mesmo correndo o risco de partir seu coração, porque só há três temporadas, dê uma chance a Anne with an E e permita-se embarcar nas encantadoras aventuras da ruivinha, até porque, como já mostrei, existe toda uma série de livros para você acompanhar depois. 



1 de maio de 2025
Warcraft: Durotan, de Christie Golden



Eu tenho uma história pra contar sobre o dia em que comprei esse livro. Era meu primeiro dia de férias e eu estava super empolgado pra passar o dia todo em casa fazendo vários nadas. Era uma segunda-feira, então a Andréa tinha que trabalhar. E, sendo assim, eu acompanhei a honorável esposa até o ponto de ônibus.


Acontece que já tem uns anos que eu trabalho de home office, portanto não tenho muito costume de sair de casa, principalmente sozinho. Sendo assim, naquele dia esqueci de pegar minha chave e acabei ficando preso na rua😅. Mas por sorte eu tinha pego minha carteira, então decidi dar um rolê solitário em alguma livraria. Foram essas as circunstâncias que me levaram a comprar Warcraft: Durotan, da autora Christie Golden.


Sinceramente, eu sempre tive preconceito com livros baseados em videogames, por isso não estava esperando nada desse livro. Porém, a história dos Orcs do clã Lobo de Gelo me prendeu a cada página. Aqui temos uma fantasia muito bem escrita, com um enredo cheio de reviravoltas.


Sendo assim, a narrativa tem como protagonistas esse clã de Orcs chamado Lobos de Gelo. Eles vivem no norte do continente, o que me lembrou em alguns momentos do primeiro livro de Crônicas de Gelo e Fogo. Os personagens principais são Durotan, o filho do líder do clã, que eventualmente assumirá o manto do pai; a Draka, uma Orc exilada; e Orgrim, o carequinha marombeiro.


Os primeiros capítulos apresentam bem a cultura desse clã de Orcs, um estilo de vida duro nas montanhas e no frio, a caça, os costumes tribais e rústicos, o senso de honra, o orgulho de pertencer aos Lobos de Gelo. Contudo, a vida dessas pessoas vai mudar com a chegada de um Orc estrangeiro conhecido como Gul'dan, o bruxo. Ele vem para fazer uma proposta aos Lobos de Gelo: o mundo está acabando e, para sobreviverem, todos os clãs Orcs precisam se unir em uma única nação, batizada de "A Horda".


Ao orvir a tal proposta do bruxo, o pai de Durotan acha aquela conversa absurda e declina. Porém essa decisão vai trazer consequências terríveis para seu clã. Quais consequências? Eu não vou contar! Mas garanto que o livro até o final é eletrizante! Inclusive, um detalhe que ainda não mencionei é o fato deste livro ser uma prequel do filme Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos. Portanto, recomendo muito essa leitura, se você já assistiu e gostou.


29 de abril de 2025
O MUNDO PERDIDO

 


    Quando eu era criança, assistia, todo os dias, no final da tarde, a uma série televisiva chamada O mundo perdido. Adorava a ambientação, as criaturas pré-históricas e todo o sobrenatural e a fantasia que envolviam a trama. Duas décadas passaram e descobri ser essa uma adaptação do livro homônimo de Sir Arhtur Conan Doyle, o criador do icônico detetive Sherlock Holmes. Nunca me interessei pelas narrativas que trazem esse personagem, mas, estava curiosa, ávida, de verdade, por conhecer a fonte de uma das séries favoritas da minha infância. 
    Em O mundo perdido somos apresentados, primeiramente, ao nosso narrador-personagem, Edward Malone, um jovem jornalista irlandês que mora em Londres e é apaixonado por uma moça que só aceita casar-se com ele se o mesmo se mostrar um homem de coragem, um desbravador. Por causa disso, o rapaz confronta um grande e excêntrico zoólogo, Dr Challenger, conhecido por espancar jornalistas, mas que parece ter a aventura perfeita para um homem colocar sua coragem à prova. 
    Depois de muitas evasivas e até de bastante violência por parte do pesquisador, Ed consegue convencê-lo a revelar suas descobertas e o professor fica tão animado com o entusiasmo do jovem que cria um plano para realizar uma nova expedição. Isso só acontece porque a comunidade científica não acredita na palavra de Challenger, que diz ter encontrado O mundo perdido, onde criaturas pré-históricas ainda vivem.
    O planejamento dá certo e um grupo é formado para a expedição, composto por Malone; um caçador, Lord Roxton; um membro da academia, professor Summerlee; e o próprio Challenger. A partir deste ponto a história de Sir Arthur Conan Doyle torna-se verdadeiramente interessante, pois a entrada para O mundo perdido fica aqui no Brasil, mais precisamente, na Amazônia. É nesse momento também que a narrativa pode interessar antropólogos e sociólogos, pois o discurso eurocêntrico e eugenista que tanto marcou o final do século XIX e começo do XX, catalizador de diversos conflitos armados sendo alguns deles as duas Grandes Guerras Mundiais, é bem demarcado aqui pelas falas dos protagonistas, pelo modo como tratam mestiços, indígenas e negros. 
    É justamente por causa desse preconceito e atitude de pretensa superioridade que eles são traídos e deixados para morrer no platô de O mundo perdido, sem saber o que os aguarda à fente e sem poder retornar para a "civilização". 
   A história do livro é bem diferente do que eu me lembro da série. Principalmente, no que diz respeito às personagens. Ed é um medroso que finge coragem, tornando-se imprudente; Challenger é execravelmente arrogante e eugenista, um insuportável; Lorde Roxton é mais ativo e Summerlee não é um velho de todo chato e rabugento. 
    Para uma primeira experiência com a escrita de Sir Arhtur Conan Doyle foi interessante acompanhar Ed Malone e seus companheiros em O mundo perdido. Apesar do pesares, o enredo é bem construído aos moldes das narrativas de aventura do século XIX, ou seja, tudo é muito providencial, e isso não é motivo para desprezar a obra, mas as falas e atitudes altamente preconceituosas dos protagonistas são enervantes e acabaram tirando todo o divertimento da leitura para mim. 

22 de abril de 2025
STARDUST

 O mistério da estrela





      Desde a leitura de Coraline, gosto bastante do estilo narrativo de Neil Gaiman. Depois desta, vieram O oceano no fim do caminho, Caçadores de sonhos, A bela e a adormecida e, é claro, Sandman. Contudo, até então, jamais tivera contato com uma obra que sempre chamou a minha atenção: Stardust, o mistério da estrela, pois nunca encontrei o livro disponível para compra e nunca consegui assistir ao filme, pelo menos, até agora. 
    Como já esperado de um roteiro baseado em um livro de Neil Gaiman, encontramos nesse longa muita magia e ficamos deslumbrados com as aventuras de Tristan e da estrela Yvanne. Stardust, o mistério da estrela começa nos apresentando uma Inglaterra que tem fronteira com um reino mágico, cujo nome é Stormhold. Há um muro separando o mundo conhecido do outro, porém Dunstan Thorn quer provar que do outro lado não há nada de mais...e ele acaba se enganando bastante... conhece uma jovem princesa escrava de uma bruxa e nove meses depois recebe em sua casa o filho dos dois chamado de Tristan. 
    Dezoito anos de passam e Tristan cresce e torna-se um rapaz bem ingênuo e apaixonado pela bela e interesseira, Victória. A fim de ter uma oportunidade de pedi-la em casamento, ao ver uma estrela cair do outro lado do muro, ele faz a promessa de encontrá-la e levá-la para a jovem, esta será sua missão. Em contrapartida, o cair da estrela tem relação com algo muito mais importante e perigoso: a sucessão ao trono de Stormhold. Além disso, um trio de bruxas quer a estrela para sugar-lhe a vitalidade e beleza comendo seu coração. O primeiro a encontrar Yvanne é Tristan. No início, ele quer apenas levá-la até Victória, mas, com o tempo, ele passa a tentar protegê-la de seus caçadores e uma amizade profunda começa a surgir. 
    Stardust, o mistério da estrela nos leva a um mundo repleto de encantos, o que é um deleite para aqueles que gostam do gênero fantasia. Infelizmente, um ponto negativo do filme são os efeitos especiais que, definitivamente, não envelheceram bem. Apesar disso, o roteiro é bem estruturado e tem muitas cenas engraçadas e divertidas, vale muito a pena assistir com certeza! 


15 de abril de 2025
ANNE DE WINDY POPLARS

 


    É inacreditável como Lucy Maud Montgomery consegue trazer felicidade e completo alento com sua escrita e sua querida personagem, nossa Anne, nossa ruivinha favorita! Confesso ter achado as trinta e sete primeiras páginas de Anne de Windy Poplars um pouco chatinhas, mas, depois delas, a narrativa ficou bem empolgante e divertida. 
     No livro anterior, Anne termina seus estudos na universidade e fica noiva de Gilbert. Ele, no entanto, precisa estudar mais três anos ainda a fim de completar o curso de Medicina. Nesse meio tempo, nossa heroína recebe uma proposta para trabalhar como diretora de uma escola em uma cidade distante de Avonlea, mesmo assim ela aceita. Anne encontra lá uma ótima casa onde aluga um quarto: Windy Poplars, tornando-se agora Anne de Windy Poplars
    Infelizmente, ou felizmente, em se tratando de nossa ruivinha, Lucy Maud Montgomery sempre consegue mesclar muito bem angústia e alegria, sendo assim, não foi surpreendente o sofrimento que Anne passa na mão dos Pringles, o clã dominante local; nem mesmo o ambiente de trabalho tóxico; nossa garota "tira tudo de letra". 

    Disse no começo que achei as primeiras páginas enfadonhas, isso se deu porque todas foram uma sucessão de cartas escritas por Anne para Gilbert. Achei isso chato e ainda bem que a autora voltou ao estilo em terceira pessoa, trazendo poucos momentos de correspondência depois. 

    Anne de Windy Poplars, como não poderia deixar de ser devido à época em que foi escrito, traz muitos casamentos e uma perspectiva bem datada desse compromisso, contudo, também traz muita aventura e confusão no melhor estilo Sessão da Tarde, bem característico da ruivinha. 

    Agradeço imensamente à genialidade de Lucy Maud Montgomery por ter criado uma personagem tão cativante e com histórias tão queridas. Em meus piores momentos de crises de ansiedade, Anne foi minha melhor amiga, uma companheira de risadas que me fazia lembrar que a vida não é só angústia e preocupação e que a cada novo dia temos a oportunidade de recomeçar. 

8 de abril de 2025
O ÚLTIMO VOO DAS BORBOLETAS

 


[...] " Em algum lugar da nossa alma, sabemos que não suportamos mais uma separação como essa. Por isso, não somos boas com despedidas. Preferimos deixar as coisas sem um ponto final." [...] p 31. 


      Sempre acompanho as publicações do canal/editora Pipoca & Nanquim e logo que assisti ao vídeo sobre O último voo das borboletas e Luz que fenece não perdi tempo, nem tive dúvidas: comprei ambas as hqs na pré-venda. Mas como vocês já sabem... Só realizei as leituras recentemente! hahahahaha

    Quando li O último voo das borboletas pela primeira vez eu não morava mais com meus pais. O Samu e eu alugávamos uma casinha de 20 m² e não tínhamos espaço para alocar todos os nossos livros, por isso, o mangá de Kan Takahama foi um de meus companheiros nessa primeira saga da vida adulta. 

     No vídeo, os meninos do Pipoca & Nanquim avisaram ser esta uma obra bem triste, no entanto, não dei ouvidos e embarquei na leitura de forma bem impetuosa, o que me obrigou a lê-lo mais vezes para captar de fato sua essência. 

    O último voo das borboletas narra uma história trágica, e bem poderia ter acontecido na realidade: nas primeiras páginas vemos um menino e uma menina brincando enquanto dois adultos fazem uma transação comercial; logo depois, conhecemos a bela tayu (prostituta de luxo) Kichou, no bairro de diversão de Maruyama, em Nagasaki. No decorrer da narrativa descobrimos que Kichou é a prostituta mais bem paga e cobiçada de toda a cidade. 

    Além disso, conhecemos um pouco do contexto histórico do Japão durante a segunda metade do século XIX, momento no qual o governo abriu seus portos para os estrangeiros, contudo, tal atitude dividiu opiniões e muitos japoneses relutavam em aceitar essa mudança. Kichou não é uma dessas pessoas e mantém um relacionamento com um médico holandês que está ensinando medicina ocidental a um jovem japonês. Esse garoto, Kenzo, odeia Kichou e credita a ela todos os infortúnios de sua família. 

     Como dito antes, o mangá de Kan Takahama é muito triste. Principalmente quando compreendemos o drama vivido por Kichou e seu desfecho trágico. Muito mais do que um mangá com insinuação erótica, O último voo das borboletas nos mostra com um belíssimo traço e uma narração delicada, um recorte da história japonesa nem um pouco digno e bastante desesperador para as mulheres que eram vendidas para a prostituição por suas famílias e carregavam as marcas físicas e psicológicas disso por toda a vida. 

3 de abril de 2025
Desejo Sangrento, de Ana Paula Ost


Oi, pessoal! Samu por aqui, trazendo mais uma indicação de leitura!



Não sei por quê, mas, antes de eu começar a leitura de Desejo Sangrento da autora Ana Paula Ost, a capa desse livro me remetia a um romance meio Crepúsculo, meio 50 Tons de Cinza. Juro, acho que por conta do título também, a palavra "desejo" me fez pensar que haveriam umas cenas hot, vampiros sensualizando, muita malemolência e coisa e tal💃. Mas, felizmente (pra mim), não tem nada disso e a história é super eletrizante!


Vou te contar a ideia geral da trama só pra te dar aquele gostinho. Em Desejo Sangrento, nós acompanhamos a atuação da investigadora brabíssima Leona Carvalho e seu parceiro Eduardo da Silva na investigação de uma série de casos criminais estranhos. Sim, minhas amigas e amigos, temos uma história policial, e com uma protagonista incrível! Só pra você ter uma ideia, logo na primeira cena ela já é suspensa por uns dias do trabalho por ter molhado um meliante de soco.


Sendo assim, a história começa quando a Leona é indicada para resolver um caso de assassinato bastante peculiar. A vítima, uma jovem aparentemente normal, foi encontrada em uma situação horrorosa, como se seu assassino tivesse realizado um ritual satânico ou algo do tipo. Inclusive, algumas partes desse livro trazem cenas de violência bem gráficas, então fica aqui o alerta. Com isso, a investigação vai levar Leona a descobrir todo um submundo de criaturas sobrenaturais, como vampiros, bruxas, lobsomens.


A escrita da Ana Paula Ost é super fluída, você praticamente engole o livro. O ritmo da história é frenético com bastante mistério, ação e tem até umas partes bastante assustadoras, como por exemplo a famigerada cena do banheiro (Sério! Todo mundo que leu acabou comentando😆). Inclusive, o desfecho do livro me surpreendeu em alguns momentos, como quando nos é revelado o porquê do título ser Desejo Sangrento. Quando caiu a ficha e eu entendi o motivo do "desejo", tive aquela sensação de "Uaaaau! Agora tudo faz sentido!"


Além disso, outro ponto que me chamou muito a atenção é o seguinte: geralmente nesse tipo de história nós não estamos nem aí para os humanos e só esperamos a aparição das criaturas sobrenaturais, né? Mas no caso de Desejo Sangrento isso é diferente. A Leona e o Eduardo, bem como outros humanos, são personagens bastante cativantes e, pelo menos na minha experiência de leitura, eles acabaram sendo meus personagens favoritos. É difícil não gostar dos humanos nesse livro, e pra mim isso é um ponto muito positivo.


Então, se você é um fã de histórias naquele estilo André Vianco, que mesclam ação e terror na medida certa, esse livro é pra você!